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"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso. O que eu faço é uma gota no meio de um oceano, mas sem ela o oceano será menor."

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Relacionamento - Carga Horária - 120hs

Nas próximas semanas me dedicarei a um tema que repercutiu bem no ministério em que sirvo na minha igreja: "Relacionamento, O COMEÇO, O FIM E A VOLTA." Particularmente, preguei sobre a última parte, mas como estivemos juntos elaborando a série, sinto-me confortável em opinar sobre os demais subtemas. Antes de partir para "esta jornada" e falar sobre O COMEÇO, sugiro aqui uma boa forma de conviver, antes de COMEÇAR algo.
Há poucos dias, conversando com um amigo que compartilhava as tentações do dia-a-dia, ele mencionou que em sua sala de aula havia entrado uma nova aluna, "linda toda, toda linda ela, toda beleza se reconhece nela" ... e que estava pedindo a Deus que acontecesse algo para ele desagradar desta criatura (Jogando a responsabilidade pra Deus, entende?)... bom, Deus "atendeu" e bastaram poucos dias de convivência para ele descobrir alguns desvios de comportamento na moça ("de perto todo mundo é feio!")... enfim, era tudo que eu queria para compartilhar isto com você...



Recentemente participei de um treinamento com carga horária de 120hs, isto equivale a 5 dias completos em uma sala, convivendo com seres humanos de todos os tipos, que, NO INÍCIO, usam roupas bem passadas, sapatos limpos e elegantes, scarpins belíssimos, são educados, falam baixo, estão penteados, cheirosos, são observadores, atenciosos, cheios de postura, maquiados, sorridentes, tolerantes, esforçados, dedicados, interessados, etc. Homens e mulheres com tantos atributos que podem iludir qualquer pessoa. Pode ser amor a primeira vista. Devidamente ENCANTADOS (as) com as pessoas e suas "qualidades" passamos a alucinar coisas e/ou situações e fazemos comparações com o que está ali e o que deixamos "fora" e UFA, este treinamento será muito bom!
Não esqueça que serão 120hs de convivência onde muita coisa acontece... Não no primeiro cooffe break, porque este momento requer muita calma, precisamos lavar as mãos antes e ainda sim fazer o uso do guardanapo, não devemos ir à mesa com pressa, obedecemos a fila, não enchemos o copo de suco/refrigerante porque ainda precisa por o gelo com muito cuidado para o líquido não respingar, não se fala enquanto come e nem se come de boca aberta. É muita perfeição não acha?  Ao final do primeiro dia, depois de 8 ou 10hs, muita gente já não se preocupa tanto com a aparência quanto nas primeiras horas... Mas há remanescentes que oferecem carona, convidam para jantar (se não for no primeiro dia será depois),  etc.
Chega o segundo dia, e o primeiro já parece que nem existiu. À medida que as horas passam, as coisas vão acontecendo, pessoas falam alto e em momento inoportuno, dizem coisas sem sentido, perdem a postura na cadeira, entram e saem constantemente, já não são tão educados no coffee break, cutucam o nariz, cochilam, tiram os sapatos enquanto sentadas, mascam chiclete produzindo ruídos, bocejam, conversam, se descabelam... atividades em equipe, mau hálito, se houver oportunidade revelam alguns problemas de ordem pessoal e neste exato momento do texto ainda faltam cerca de 107hs para o final do treinamento, então, irei logo para o que interessa. Se convivermos 8 horas por dia com alguém, em 15 dias concluiremos a carga horária proposta e se você já participou de algo do tipo, entende bem sobre o que estou escrevendo. Ao final, os saltos foram substituidos por sandálias rasteiras, os sapatos por chinelos, as calças por bermudas (dependendo do treinamento), os terninhos pelas "gola polo" ou vestidinhos, a formalidade pela espontaneidade, os cabelos lisos pelas tranças (ou não), a calma pelo alvoroço e assim, "nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia" e não foi a primeira impressão que ficou. Há sobreviventes sim, mas aí o treinamento continua...

Por quê ALGUNS relacionamentos acabam tão depressa? 

Não afirmo que isso ocorre em 100% dos casos, tenho amigos que casaram em apenas 2 meses de namoro e hoje estão juntos há 15 anos, como conheço pessoas que conviveram anos e acabaram se afastando, enfim, na maioria das conversas que tenho (aconselhamentos - em outro post falo sobre isso), sobretudo para tratar de términos de relacionamento, é nítida a falta de "carga horária" no processo... a ansiedade, o desejo, o medo de ficar só, as cobranças, a alucinação, o sonho de perfeição, o sexo, a pressa... a decepção... 
Seja homem ou mulher, faça como Jacó, (pelo menos tente umas horinhas) que, para casar com sua amada Raquel, teve um treinamento com carga horária de 61.320hs, (7 anos) (depois ainda mais 7 anos) ...e a proposta inicial foi dele mesmo e...

"... porque ele a amava, esses anos pareceram poucos dias" Gn 29:20b

Esta semana conversei com um amigo que decidira acertar, escolhera participar de "um treinamento com carga horária 120hs (ou mais/ou menos? - tenho que perguntar a ele!)"...Uhuu... sou fã desse tipo de atitude. (Se o casal se vê todo dia e passa cerca de 2hs junto, o curso dura 60 dias, TEM CORAGEM?). Permita-se conhecer, enquanto isso, promova em seu coração o respeito pela outra pessoa, diminua suas afeições com outras pessoas do sexo oposto, evite frases ambíguas nas redes sociais, respeite, você terá respeito de volta, procure não se envolver emocionalmente com a família, não viva a vida do (a) outro (a), lembre-se que enquanto você conhece, você se torna conhecido, nada de dar as mãos, nada de cobranças, evite beijos, procure andar com "os colegas de sala", ORE em secreto, ao final do "curso" haverá informação suficiente para tomar uma decisão e se não for para COMEÇAR não terá havido a tão falada  "defraudação" (que não acontece só com mulheres hein meninas?)... isso tudo, é claro, se você não abandonar o curso antes...
Exercite a paciência, quem aprende a esperar DES-cansa.
Não importa quantos erros, quantas tentativas, quanto tempo, onde, quando, "sempre haverá uma chance para começar novamente e fazer tudo certo" Khaled Hosseini - O caçador de pipas

Passou no curso? Próxima semana escreverei sobre O COMEÇO!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Acusando os acusadores....

Na semana passada, relembrando sobre Jesus e motivado pela páscoa, escrevi sobre o seu perdão inspirado na história da mulher adúltera contada no  capítulo 8 do evangelho de João. O amor dEle por nós me impressiona, a sua vida me cativa e a sua GRAÇA me liberta. Convivo em uma comunidade que me ensina sobre GRAÇA, tenho lido sobre o assunto, com o favor de Deus tenho entendido, comunicado e experimentado desta "maravilhosa graça". Todos condenariam aquela mulher, mas Jesus não, nós queremos parecer tanto com o SENHOR, mas não o imitamos no seu olhar de misericórdia. Passei 7 dias observando o twitter e o facebook sob um olhar diferente e não me surpreendi quando percebi algo que na verdade já sabia, e só então decidi escrever sobre isso....


...Tenho certeza que se a cena de João 8 fosse nos dias atuais logo após a pergunta de Jesus: 

- Mulher, onde estão os teus acusadores? (Jo 8:10)

...Ela teria respondido:

- Não tiveram coragem de jogar as pedras mas foram fazer isso no twitter e no facebook! Eles (as) não confrontam, mas ficam escrevendo bobagens que ferem as pessoas, roubam-lhes a esperança fazendo-as se sentirem péssimas, falando de um evangelho que menospreza os pecadores e os penitencia por seus erros.

Onde está a mensagem que traz esperança? 

"os que estão desanimados (distantes de Jesus) não precisam de críticos (acusadores), eles já sofrem o suficiente, não precisam de mais culpa ou aflição, a necessidade é de encorajamento." Charles Swindoll - Davi, um homem segundo o coração de Deus.

Não temos entendido isto, estamos prontos para apontar e atrasados em olhar para nós mesmos. Anotei aqui diversas acusações durante estes dias, só não as usarei como exemplo porque dá para achar "os que soltaram as pedras, mas continuam acusando."  Não estou falando de "passar a mão na cabeça das pessoas" por que tem gente que passa a mão na cabeça com tanta força que acaba é afundando ao invés de resgatar, me refiro ao fato de que para fazer isso tem que ter amor e acima de tudo misericórdia assim como Jesus teve (e tem) de nós. 

As perguntas "no que você está pensando?" e "o que você está fazendo?" foram muito mais além do que aquilo que os próprios idealizadores poderiam imaginar, isso não é ruim, afinal de contas a diversidade está aqui é para isso mesmo, mas creio que pessoas criaram suas contas apenas para apontar erros de outros, falarem mal de fulano ou sicrano, ou ainda, selecionarem através das próprias atualizações de status ou da timeline quem vai ou não para o inferno. MEU DEUS! 

Quem só faz isso está limitado em si mesmo, afinal, para que mudar se são os outros que estão errados?

Os outros traem, os outros furam fila, os outros vendem o voto, os outros se acham os donos da rua, os outros avançam sinal, os outros não usam cinto de segurança, os outros subornam, os outros entram na contramão, os outros provocam acidentes, os outros estacionam em lugares proibidos, os outros falam no celular enquanto dirigem, os outros não devolvem o troco que veio a mais, os outros pegam atestados médicos sem doença para faltarem ao trabalho, os outros compram produtos piratas, os outros compram recibos para diminuir o imposto de renda, os outros superfaturam os recibos das despesas de viagem, os outros comercializam objetos doados, os outros pegam pequenos objetos das empresas que trabalham, os outros vendem produtos alegando ter uma qualidade que sabem que não têm, os outros mentem, os outros enganam, os outros são fariseus, os outros marcam lugares, os outros nos fazem sofrer, os outros batem/gritam com seus familiares, os outros são tolos, os outros são mal educados, são egoístas, são soberbos, são caluniadores, os outros têm problema com pornografia/masturbação, com drogas, com bebida... OS OUTROS, OS OUTROS...mas afinal quem são os outros? Os próprios outros não se reconhecem.

"Todos criticamos, acusamos e nos escondemos por trás dos outros,, todos projetamos nos outros os traços ruins de personalidade, todos esperamos que os outros cumpram com o dever, mas ninguém diz quem os outros são." Luciano Lira Macedo

Então Jesus falou à multidão e aos seus discípulos. Ele disse: — Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para explicar a Lei de Moisés. Por isso vocês devem obedecer e seguir tudo o que eles dizem. Porém não imitem as suas ações, pois eles não fazem o que ensinam. Amarram fardos pesados e os põem nas costas dos outros, mas eles mesmos não os ajudam, nem ao menos com um dedo, a carregar esses fardos. Fardos pesados… nas costas dos outros.  Tudo o que eles fazem é para serem vistos pelos outros. (Mt 23:1-5)

Onde estão os que fazem a diferença? onde está a mensagem da esperança? 

Ok, esta publicãção pode ser uma acusaçao (o título atesta isso), e mesmo que eu diga que é com amor, você pode não acreditar visto que palavras escritas não conduzem sentimentos, mas quero encorajá-lo (a) a pelo menos uma coisa:
Se você é um (a) acusador (a), abandone essa idéia, use sua rede social para dar uma "boa notícia", conversar, etc. Quando quiser citar algo que confronte alguém, antes, veja se confronta a você mesmo (a).

Se você é aquele (a) que dá "boas notícias" exclua da sua rede as pessoas que não fazem isso e não demonstram nenhum interesse em mudar. 

Você segue quem você quer, e é "amigo" (a) de quem você quer também!

"...quem não me ajuda a ajuntar está espalhando." "...mas eu vim para que tenham vida, e vida abudante."
(Jesus Cristo)





terça-feira, 3 de abril de 2012

Não existem melhores, nem piores, EXISTEM PERDOADOS!

Nesta semana comemoraremos a semana dita "santa" de modo que me pus novamente a estudar alguns momentos de Jesus nos evangelhos. Opa, mas devo estar fazendo algo errado, é páscoa, ovos de chocolate, coelhinhos, a "queimação do Judas", o feriado, a viagem e o que mais? ... Mesmo estando errado, Jesus me perdoa, eu sei, por isso me alegro e continuo a escrever ainda que "fora do foco", ... Ele veio para isso e felizmente nós estamos inseridos no seu plano original! O capítulo 8 do evangelho de João me faz refletir sobre o Seu perdão. Imagine-o comigo:



Jesus, depois de um tempo de oração, senta-se em uma roda de ouvintes atentos que o olham fixamente  concordando com suas afirmações, aceitando-o como o seu Senhor.
O evangelho não relata o que estava sendo falado, mas sabe-se que houve uma interrupção com a entrada de várias pessoas no pátio um tanto quanto alvoroçadas, acompanhadas por homens respeitados e importantes que possivelmente conduziam à base de empurrões uma tal mulher que fora flagrada em adultério e agora tentava se equilibrar em meio àquela onda de raiva. Não se sabe o porquê ela havia feito isso, talvez para seu sustento, talvez porque havia se deixado enganar pela atenção de algum homem  enquanto se sentia carente, sabe-se que aconteceu e que agora ela estava sendo o centro das atenções, devido às condições em que isso ocorreu ainda poderia estar seminua, enquanto seus braços cobriam seus seios, suas mãos sustentavam sua cabeça em profundo arrependimento e desespero. O que passava em sua mente naquele momento? A multidão, que em um caso como esse "É SANTA", se aproxima de Jesus e lança a mulher quase que aos seus pés.

"Mestre, esta mulher foi apanhada no ato de adultério. De acordo com a Lei que Moisés nos deu, as mulheres adúlteras devem ser mortas a pedradas. Mas o senhor, o que é que diz sobre isso?" (Jo 8:4-5) 

Posso imaginar o sorriso irônico dos questionadores, se Jesus fosse a favor dela, seria acusado de não obedecer "à lei", se sentenciasse a sua morte teria problemas com as autoridades romanas, e agora? Enquanto isso a mulher não pode levantar seu rosto por conta dos olhares acusadores, seus olhos entreabertos, voltados para baixo, conseguem ver as mãos dos "santos" que apertam as pedras com tanta força que as pontas dos seus dedos ficam brancas, parecem estar apertando seu próprio pescoço.
Jesus, com sua inteligência e ternura se abaixa e começa a desenhar algo no chão, as atenções se voltam para Ele e a mulher encontra um certo alívio em não ser observada por alguns instantes, repetiram-lhe a pergunta insistentemente, Ele poderia ter perguntado pelo homem (segundo a lei o homem também deveria ser morto - Lv 22:10), mas não o fez, simplesmente ergueu sua cabeça e os convidou: 

 "Acho que, se vocês nunca cometeram nenhum erro, então têm o direito de apedrejar esta mulher." 

Novamente se abaixou e continuou o desenho... Ninguém disse nada, o silêncio tomou conta daquele lugar e fora interrompido por uma sinfonia de pedras que eram soltas no chão sincronizada com passos que se distaciavam do local e ficavam cada vez mais baixos... Restaram Ele e ela, escapara da morte, mas poderia não escapar do sermão, da repreensão, da lição de moral que MUITOS gostariam (e gostam) de dar. Ele se aproximou, pediu que ela olhasse para CIMA e perguntou: 

"Ninguém a condenou?" 

...conforme ela levanta a cabeça Ele sorri e diz: 

"EU TAMBÉM NÃO A CONDENO, vá e abandone a vida de pecado" (Jo 8:11) 

ALELUIA! ESTE É JESUS, que olha para você e para mim e NÃO NOS CONDENA pelo que fizemos, portanto, A SUA VIDA, A SUA MORTE E A SUA RESSURREIÇÃO foi para que desfrutássemos de sua maravilhosa GRAÇA, CELEBRE A PÁSCOA, CELEBRE A PÁSCOA "ao "CORDEIRO QUE FOI MORTO E REVIVEU." 

Não importa se você está sujo (a), caído ao chão, sendo acusado (a), carregando um peso de um erro em suas costas, chorando, preocupado (a) com algo, simplesmente abandone estes sentimentos, LEVANTE sua cabeça, OLHE para Jesus e MUDE de atitude. 

"...Ele exigiu pureza, mas defendeu uma prostituta arrependida." 

Não existem melhores, nem piores, EXISTEM PERDOADOS!


"Existem neste texto algumas citações de Max Lucado do livro "SEU NOME É JESUS."