"Pouco depois, os que estavam ali chegaram
perto de Pedro e disseram: — O seu modo de falar mostra que, de fato, você
também é um deles."
Poderia não ser assim, mas ainda
me impressiona a bíblia em como ela é precisa em coisas que seriam estudadas e
reveladas milhares de anos depois; No texto mencionado, Pedro, que afirmou que
não negaria Jesus, depois de negá-lo duas vezes é reconhecido pelo modo de
falar, o que o caracterizava como parte daqueles que de fato andavam com Jesus.
Não sei o quanto você acredita nisso, mas se o contágio social já era evidente
na bíblia, imagina nos dias atuais, quando a velocidade da informação é muito
grande, eu mencionaria até uma espécie de “contágio virtual”, em que nós vamos aonde
as pessoas então indo, fotografamos da mesma forma que os outros fotografam e
se isto for saudável e não for apenas “vontade de ser o outro”, nada demais, o
fato é que, SIM, a bíblia tem razão mais
uma vez.
Aqui e alhures nos encontramos com
um carioca ou um paulista, e não obstante estamos falando (ou pelo menos
tentando) falar como eles. Sabe aquela pessoa que escreve algo por whats app e
você consegue ouvir (e até falar) como se a pessoa estivesse falando? E quando
alguém começa a rir, não sabemos nem do que se trata mas a crise de riso nos invade
também? Isso ocorre tanto de maneira
imediata quanto ao longo do tempo.
Algumas igrejas possuem quase todos os líderes falando com a mesma
entonação de voz, algumas empresas também, em alguns lugares, pessoas usam o
mesmo estilo de roupa, começam a gostar das mesmas músicas, professam a mesma
fé, comem as mesmas comidas (ou tomam shake), fazem as mesmas atividades, compartilham das mesmas opiniões, frequentam os mesmos locais, têm os mesmos hábitos... E
não estou me referindo à falta de personalidade, mas sim ao contágio social, o
mesmo que possibilitou que o apóstolo Pedro fosse identificado como sendo
próximo de Jesus, o mesmo que foi estudado por James Fowler em seu livro “o
poder das conexões” em que ele mesmo afirma:
“Seja o riso ou os atos suicidas, as decisões
sobre compras ou os costumes alimentares, esse contágio social domina várias áreas
da nossa vida e frequentemente SEM QUE TENHAMOS consciência disso.”
Talvez você não tenha noção do
quanto isso pode interferir no progresso de sua vida.
Olha o que escreveu um amigo esta
semana mesmo, sobre este mesmo tema:
E isso não foi a pedido de
alguém, foi totalmente espontâneo.
No último final de semana, estava
conversando com um casal de amigos, cuja a esposa, há anos tentava emagrecer,
mas não conseguia, de posse das informações preciosas sobre o que o contágio
social pode causar, eles mudaram de bairro e em pouco mais de um mês ela
emagreceu mais de 5kg e continua emagrecendo, concluíram eles que o fato de
morarem perto de “gordinhos” causava certo comodismo a ela. Fowler menciona um
exemplo parecido em seu livro e revela ainda algo muito mais interessante (e por
que não dizer, preocupante?) – O contágio emocional – e é sobre ele que quero
escrever apenas um pouco.
Se convivermos demais com pessoas
depressivas, somos tendenciosos a nos tornarmos como tais, se andarmos com
pessoas ou dermos ouvidos a pessoas que muito reclamam, isso pode exercer
influência negativa, pessoas que só afirmam as coisas negativamente, não sabem
o mal que provocam em si e nos outros, pessoas que costumeiramente não agem sob
alegação de que “não podem”, “não conseguem”, “não são merecedoras” etc. Acabarão
por incutir na mente dos seus próximos esta mesma limitação e assim (e de
muitas outras formas) as coisas vão acontecendo nas nossas vidas e NÃO NOS
DAMOS CONTA DE “EM QUEM ESTAMOS NOS TORNANDO?” Pessoas emocionalmente pobres
sugando de outras que se permitem sugar, a capacidade de viver e agir de um
modo totalmente positivo e influente. MENINA, MULHER, você quer casar? Então
pare de conviver constantemente com solteironas que perderam a esperança em
TODOS os homens por conta de apenas “um” que as fizeram chorar. RAPAZ, quer um
relacionamento sério? Se afaste dos seus colegas que infantilmente ficam
contando vantagem por terem “pegado” fulaninha ali, fulaninha acolá e que em
nada são dignos de modelo. Quer ser estudioso (a), conviva com que tem o hábito
de estudar, quer emagrecer? Se aproxime de quem está tentando. Quer andar com
Jesus, se achegue a alguém que o faz e se achegue ao próprio Jesus, afinal de
contas, Ele veio justamente para os que estão doentes, mas observe, Ele JAMAIS
se deixou influenciar, pelo contrário, escolheu 12 para se fazer influente, e o
evangelho está aí, para provar que isto deu certo, infelizmente não somos todos
que o imitam.
Meu amigo, minha amiga, estou
querendo te dizer que muita coisa na sua vida pode estar dando errado, simplesmente
pelo meio em que você tem vivido, pelas pessoas que você tem escolhido para
estar ao seu lado, pelas conversas que você tem participado, pelos programas
que têm entrado em sua mente, pelos textos que você tem lido, e certamente, em
sua escalada para o sucesso muitas pedras, árvores, arbustos, deverão ser
deixados para trás. Não estou sugerindo abandonar os “doentes” estou sugerindo
que você procure ser VERDADEIRAMENTE contagiado (a) por Jesus – o contágio ocorre
por aproximação – de tal forma que você consiga contagiar os que precisam de
você!
Seja o responsável pela sua vida!
Não se enganem: “As más
companhias estragam os bons costumes.”
Deus abençoe!
