"O voto obrigatório é antagônico à democracia" ... disse um amigo em uma conversa despretensiosa sobre política. Embora uma coisa não tenha relação com a outra, entendi o que ele quis dizer. (e creio que você também).
Estamos às vésperas de mais uma eleição e os críticos estão de plantão, as opiniões são as mais diversas, apoios, mudanças, oposição, aprovação, interesse, reflexões, "filosofadas", os protestos ganharam força com as redes sociais e se eu copiasse/colasse tudo que já li, o texto estava pronto. Mas por que não opinar também?
Este período me remete à uma época onde o povo já sentia necessidade de se envolver em questões políticas, é fato que, desde os primórdios sempre houve a necessidade de alguém para conduzir o povo, que os liderasse e resolvesse as mais diversas questões possíveis, líderes, juízes, naturalmente constituídos POR DEUS, mas a gente aprendeu a "meter o dedo no bolo" muito antes de existirmos. No capítulo 8 do primeiro livro de Samuel, o povo PEDE UM REI, Samuel, então governante, não gosta da ideia e vai consultar ao Senhor, Este, por sua vez, menciona o fato de que o povo "é assim mesmo", O abandonaram e agora estão fazendo o mesmo com Samuel que já era velho e não poderia mais atender às suas expectativas. Não houve eleição, mas Deus avisou que a gestão do rei não seria boa (Versículos de 11 a 17) e no V.18 diz ainda que o povo choraria por ter decidido isso. Ou seja, INTERESSADOS EM SI MESMOS, haveria decepção quando o governo falhasse. Interessante é que no Cap.10, no V. 27 o camarada - Saul - acabara de ser "eleito" (entre os homens de sua tribo) e os "eleitores" já estavam reclamando. (a oposição).
Bom, o "mandato" de Saul teve seus dias de glória, mas não foi dos melhores já vistos, acusações, inveja, disse-me-disse, rejeição, decisões precipitadas e o povo não teve o que esperava, Deus se entristeceu, o povo se revoltou... (a bíblia não relata, mas acho que foi depois disso que os curiosos começaram a escrever e falar mal dos governantes) ... e bem vindo a 2012, onde as mesmas coisas acontecerão, infelizmente. (preciso renovar minha mente sobre este assunto).
Por que votamos em político "A" ? Aliás, por que NÃO votamos em político "B" ? Quais são os critérios adotados para eleger os representantes do povo? Bandeiradas, festas, cartazes, programas de rádio e TV, pessoas bonitas (ou não) trabalhando para os candidatos, e tantas outras coisas não respondem a tais perguntas, salvo RARÍSSIMAS exceções, o critério adotado é nosso INTERESSE PRÓPRIO (PORQUE QUEM DEFENDE O INTERESSE DA COLETIVIDADE É SINDICALISTA). Um eventual emprego, a prótese dentária, o telhado da casa, o cargo, o aumento de salário da categoria, a praça do bairro, o asfalto, a carona para o posto de saúde, o preço do feijão, a simples oportunidade de aparecer, seja como for, votamos no pai do amigo, ou do amigo do amigo, ou no primo da irmã do soldado que eventualmente fez alguma coisa por nós, no (a) filho (a) daquele que também já fez (ou poderá fazer) algo em nosso benefício e em alguns casos o voto se torna tão secreto que nem nós mesmos lembramos em quem votamos. Mas quando defende a NOSSA CAUSA, aí a gente se recorda, e se não for atendida, não votaremos mais e ainda falaremos mal.
Falta-nos esclarecimento acerca do fato de que todas as promessas, sejam quais forem, não dependem em sua plenitude de quem prometeu, portanto não há como votar com a esperança NO HOMEM de que realmente ele faça algo de muito bom. E se chegasse o "fulano de tal" e dissesse que VAI TENTAR fazer isso, TENTAR fazer aquilo, porque não depende dele, como o julgaríamos por estar sendo sincero? Votamos em quem fala aquilo que queremos ouvir e não nos damos conta de que depois ninguém nos ouvirá, restará o descrédito com a política e as infinitas reclamações que não são em nada sadias para a vida. Os políticos são efetivamente mentirosos (nem todos) ou agem assim por que não estamos aptos a ouvirmos a verdade?
Não estou dizendo que escolhi meus candidatos (em eleições passadas) à base de oração, mas também não estou dizendo que não posso fazer isso agora. O governo de Saul fracassou porque ele (e o povo) não obedeceram ao Senhor e hoje não temos como mensurar isso, mas analise seu voto, julgue as motivações que fizeram (ou farão) você escolher em A,B ou C, talvez assim a praga da reclamação não acompanhará a sua vida.
Se você não faz parte daqueles (as) que reclamam, obrigado por ter lido até aqui, caso contrário, faz uma reflexão no texto que segue:
Falta-nos esclarecimento acerca do fato de que todas as promessas, sejam quais forem, não dependem em sua plenitude de quem prometeu, portanto não há como votar com a esperança NO HOMEM de que realmente ele faça algo de muito bom. E se chegasse o "fulano de tal" e dissesse que VAI TENTAR fazer isso, TENTAR fazer aquilo, porque não depende dele, como o julgaríamos por estar sendo sincero? Votamos em quem fala aquilo que queremos ouvir e não nos damos conta de que depois ninguém nos ouvirá, restará o descrédito com a política e as infinitas reclamações que não são em nada sadias para a vida. Os políticos são efetivamente mentirosos (nem todos) ou agem assim por que não estamos aptos a ouvirmos a verdade?
Não estou dizendo que escolhi meus candidatos (em eleições passadas) à base de oração, mas também não estou dizendo que não posso fazer isso agora. O governo de Saul fracassou porque ele (e o povo) não obedeceram ao Senhor e hoje não temos como mensurar isso, mas analise seu voto, julgue as motivações que fizeram (ou farão) você escolher em A,B ou C, talvez assim a praga da reclamação não acompanhará a sua vida.
Se você não faz parte daqueles (as) que reclamam, obrigado por ter lido até aqui, caso contrário, faz uma reflexão no texto que segue:
"Brasileiro sempre teve mania de reclamar dos seus governantes
Reclamava dos administradores das Sesmarias e das Capitanias Hereditárias, dos Governadores Gerais e dos Imperadores. Reclamava dos Presidentes da Velha República, dos militares, de Sarney, de Collor, de Itamar, de FHC e de Lula... Não reclamaram de Tancredo Neves porque morreu antes da posse!
Neste ano teremos novos governantes... Ou os mesmos! Mas o povo vai continuar reclamando. Sabe por quê? Por que o problema não está somente nos deputados, senadores, presidente, governador, prefeito, vereadores ou funcionários públicos... O problema está naquele que reclama: você e eu. O Problema está no Brasileiro.
Um povo que aplaude o vencedor do Big Brother, mas não sabe o nome de um escritor brasileiro? Um povo que admira o pobre que fica rico da noite para o dia? Ri quando consegue puxar Tv a cabo do vizinho? Sonega tudo que pode e, quando pode, sonega ate o que não pode? O que esperar de um povo que não sabe o que é pontualidade? Joga lixo na rua e reclama pela sujeira? O que esperar de um povo que não valoriza leitura? O que esperar de um povo que finge dormir quando um idoso entra no ônibus? Prioriza o carro ao pedestre? O que dizer de um povo que elege quem elege?
O Problema do Brasil não são os políticos, são os brasileiros!
Os políticos não se elegeram! Fomos nós quem votamos neles.
Político não faz concurso, ganha votos... o seu e o meu!
Então, reclamar do que?"
(autor desconhecido)
...E acrescento:
Estacionamos sobre as calçadas, onde não é permitido, nas vagas dos deficientes e idosos, falamos no celular enquanto dirigimos, furamos filas, pegamos atestado médico sem doença para não irmos trabalhar, viajamos pela empresa e pedimos recibos de táxis e restaurantes com valor superior ao que gastamos, levamos da empresa que trabalhamos, clipes, papéis, grampos, envelopes, canetas, compramos recibos para abater no imposto de renda e tantas outras pequenas coisas que me fazem para para pensar: Do que nós estamos reclamando mesmo?
Mudaremos TUDO, quando conseguirmos mudar a nós mesmos!
Sobre todas as coisas:
"Se o Senhor não proteger a cidade, não adianta nada os guardas ficarem vigiando." Sl 127:2 (É um salmo de família, mas pode ser aplicado aqui.)
Deus abençoe!