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"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso. O que eu faço é uma gota no meio de um oceano, mas sem ela o oceano será menor."

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Brincadeira ou o quê?


Talvez porque já nem me interesso tanto sobre o assunto, não ouço mais falar, com tanta frequência, do chamado stand up comedy. Eu mesmo já andei divertindo pessoas com esse tipo de apresentação e, de fato, é uma boa forma de descontração em que o comediante não conta piadas conhecidas, mas procura "fazer graça relatando fatos cotidianos ou expondo pessoas ao ridículo" (posso chamar assim?), quer sejam esposos (as), amigos (as) ou até os espectatores, sempre evidenciando seus pontos negativos. 
Tenho um amigo (tenho?) que, sempre que se encontrava comigo ou com alguns amigos do grupo que frequentávamos, antes mesmo de cumprimentar, ridicularizava alguém. Inclusive por vezes eu fui vítima da ação.  O melhor era que, logo depois, ele dava risada (sozinho) e fechava com a conhecida frase: "tô brincando!".

Você conhece ou convive com alguém assim...



... que, na ausência do palco, adora se sobressair ofendendo os outros e dizendo que "tá brincando". Não serei rude com esse tipo de atitude, pois sei que há amizades e amizades. Me refiro apenas às pessoas que fazem disso um hábito, sem se dar conta do prejuízo, da mágoa ou de qualquer emoção negativa que podem estar causando em alguém. Isso feito na infância ou adolescência é um tema amplamente discutido e estudado, o bullying. E, quando praticado na fase adulta, como podemos chamar? Falta de assunto? Se estudarmos um pouco, veremos que desde as comédias gregas a prática desse tipo de "brincadeira" é usada como forma de provocar risos nos espectadores (pessoas que estão próximas), o que às vezes só aumenta o constrangimento da vítima. 
Quando meu camarada brincava comigo, eu até ria, mas chegou uma hora que passou dos limites e, em vez de retribuir a tolice publicamente, tive uma conversa bem íntima com ele sobre o assunto. O resultado disso foi que as frases seguidas de "tô brincando" cessaram, juntamente com o relacionamento. Infelizmente, tenho notícias de que a prática continua e a ausência de amizades dele também. 
A que grupo você pertence?
Grupo 1 - Pessoas que usam de apelidos pejorativos, humilhações, que apontam diferenças individuais (especialmente as físicas) e que fazem comparações grotescas com personagens de desenho animado ou de novelas e tantas outras coisas mais... para...  o quê mesmo? Grupo 2 - Pessoas que ouvem as humilhações e sentem-se inferiorizadas, limitando-se, muitas vezes, a não realizar algo que são potencialmente capazes de realizar, porque pararam de acreditar em si mesmas, por conta de uma brincadeira de mau gosto e fora de hora. Pessoas que choram lamentando suas diferenças e eventualmente culpando Deus porque queriam ser diferentes daquilo que Ele criou, por conta de alguém que tem baixa autoestima e também quer diminuir a dos outros.
Francamente, pessoas com características do primeiro grupo são as que mais precisam de ajuda. Quem é vítima do "tô brincando", na verdade, é vítima de uma pessoa insegura, que, escondida em sua própria insegurança, quer fazer dos outros menores para sentir-se maior. Não adianta se ressentir, entenda que, pessoas assim, precisam de ajuda, mas não necessariamente será você que vai ajudar. Quem usa desse tipo de diversão tem muitas fragilidades na vida e, no fundo, no fundo, tem medo de não ser aceito, e a melhor maneira de achar que é aceito (como um comediante) é destruindo os outros. 
Se você costumeiramente utiliza a oração "tô brincando" depois de falar certas bobagens, reveja seu modo de agir. Nem todo mundo dá liberdade e/ou é emocionalmente preparado (a) para suportar isso. Ridicularizar as pessoas não é BONITO! Observe quantas já se afastaram de você e reflita sobre quantas mais se afastarão. 
Se você convive com pessoas que gostam da prática do “tô brincando”, dê um tempo, procure estar próximo de pessoas que evidenciem suas qualidades e que, quando forem falar dos seus defeitos ou diferenças, façam isso em particular. Deixe que os engraçados procurem outra plateia. Afinal de contas, sempre haverá espectadores para eles. 

Grupo 1 - Tente dar fim a este negócio de "tô brincando" e deixe para utilizá-lo quando realmente for brincadeira saudável. "Tô brincando" de ofender não existe. Existe algo que precisa ser repensado em sua vida. Há 3 correntes que comprovam o que eu estou escrevendo.

A BÍBLIA relata que "...a boca fala do que está cheio o coração." Mt 12:34b;
A CIÊNCIA comprova que aquilo que é visto no externo na realidade é a representação do que existe no interno;
E A SABEDORA POPULAR diz que "cada um dá o que tem".
E então?
Renove sua mente!

Grupo 2 - Renove sua mente, mas, se se sente ofendido (a) renove suas amizades também.

Pense nisso!

Rondinelli Palhares

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